Creatina: o que diz a ciência [Guia Completo 2025]

Introdução

A creatina é um dos suplementos mais estudados e utilizados no mundo da nutrição esportiva. Seja para quem busca hipertrofia muscular, melhora no desempenho atlético ou benefícios cognitivos, a creatina aparece como uma solução eficaz e segura. Mas afinal, o que diz a ciência atual sobre a creatina? Neste artigo, vamos mergulhar nos estudos mais recentes para entender todos os seus efeitos, aplicações práticas e recomendações.


O que é a creatina?

A creatina é uma substância natural produzida pelos rins, fígado e pâncreas a partir dos aminoácidos glicina, arginina e metionina. Ela é armazenada principalmente nos músculos esqueléticos (cerca de 95%) sob a forma de fosfocreatina, e atua na regeneração rápida do ATP (adenosina trifosfato), a principal moeda de energia do nosso corpo.

Além da produção endógena, a creatina também pode ser obtida por meio da alimentação (carnes e peixes) e suplementação.


Benefícios da creatina comprovados pela ciência

Estudos recentes reforçam os inúmeros benefícios da suplementação de creatina, indo muito além do ganho de força e massa muscular.

1. Aumento de força e hipertrofia muscular

A revisão de Branch, 2024 concluiu que a suplementação de creatina melhora significativamente a força muscular e a hipertrofia, especialmente em programas de treinamento de resistência.

Mecanismo:

  • Maior disponibilidade de fosfocreatina.
  • Aumento da capacidade de treinamento (volume e intensidade).
  • Melhor sinalização celular para crescimento muscular (mTOR).

2. Melhora do desempenho esportivo

Em modalidades de alta intensidade e curta duração (como sprints, levantamento de peso e futebol), a creatina se destaca. Segundo Rawson et al., 2024, atletas que suplementam creatina apresentam melhor desempenho em testes de força máxima, velocidade e potência.

3. Efeitos cognitivos e neuroprotetores

Pesquisas recentes indicam que a creatina também pode beneficiar a saúde cerebral. Uma meta-análise de Avgerinos et al., 2023 mostrou que a suplementação pode melhorar:

  • Função cognitiva em idosos.
  • Velocidade de processamento mental.
  • Resistência à fadiga mental.

Além disso, há investigações promissoras sobre o uso da creatina em doenças neurodegenerativas, como Parkinson e esclerose lateral amiotrófica (ELA).

4. Saúde óssea e metabólica

Um estudo publicado em Nutrients (2024) encontrou indícios de que a creatina, combinada com treinamento de resistência, pode melhorar a densidade mineral óssea e favorecer a saúde metabólica, sendo uma potencial aliada contra a osteoporose e a sarcopenia.


Como tomar creatina corretamente

Forma mais estudada: Creatina monohidratada.

Protocolos de uso:

  • Fase de saturação: 20g/dia divididos em 4 doses de 5g, por 5-7 dias, seguida de manutenção com 3-5g/dia.
  • Uso contínuo: 3-5g/dia desde o início, sem fase de saturação (igualmente eficaz a longo prazo).

Dicas importantes:

  • Preferencialmente consumida junto com refeições que contenham carboidratos e proteínas, para melhor absorção.
  • Manter boa hidratação durante o uso.

Efeitos colaterais e segurança

A creatina é extremamente segura para a maioria das pessoas, mesmo com uso prolongado. A revisão de Kreider et al., 2024 reforça que não há evidência de que a creatina cause danos renais, hepáticos ou gastrointestinais em indivíduos saudáveis.

Possíveis efeitos colaterais:

  • Retenção de água intracelular (não é retenção subcutânea).
  • Desconforto gastrointestinal (em casos raros, geralmente quando usada em doses excessivas de uma só vez).

Contraindicações:

  • Pessoas com doenças renais pré-existentes devem consultar um médico antes de iniciar a suplementação.

Mitos sobre a creatina (e o que a ciência diz)

Mito 1: “Creatina causa retenção de líquido e inchaço.”

  • Fato: A retenção é intramuscular, não subcutânea. Ou seja, favorece o volume muscular sem prejudicar a definição.

Mito 2: “Creatina prejudica os rins.”

  • Fato: Nenhum estudo em indivíduos saudáveis encontrou danos renais. A creatina é segura dentro das dosagens recomendadas.

Mito 3: “É preciso fazer pausa no uso de creatina.”

  • Fato: Não há necessidade de “ciclar” a creatina, segundo as evidências científicas atuais.

Creatina é para todos?

Embora frequentemente associada a atletas e fisiculturistas, a creatina pode beneficiar:

  • Praticantes de atividades físicas recreativas.
  • Idosos, para prevenção de perda de massa muscular e funcionalidade.
  • Pessoas em recuperação de lesões musculares.
  • Quem busca melhora cognitiva.

Melhores marcas de creatina em 2025

Para garantir eficácia e segurança, prefira creatinas:

  • Monohidratadas puras.
  • Com selo de qualidade como Creapure® (produzida na Alemanha).
  • De marcas que garantem laudos de pureza e isenção de contaminantes.

Algumas opções recomendadas:

  • Creatina Creapure® da Growth Supplements
  • Creatina da Oficial Farma
  • Creatina Universal Nutrition

Conclusão: o que realmente diz a ciência sobre a creatina?

A creatina é um dos suplementos mais eficazes, seguros e versáteis disponíveis atualmente. A ciência moderna confirma seus benefícios para:

  • Aumento de força e massa muscular.
  • Melhora no desempenho esportivo.
  • Proteção e melhora da função cerebral.
  • Contribuição para a saúde óssea e metabólica.

Para quem busca otimizar resultados de treino, qualidade de vida e saúde geral, a creatina é uma excelente escolha.


FAQ: Dúvidas rápidas sobre creatina

Creatina engorda?
Não. A creatina pode causar aumento de peso por retenção intracelular, não por acúmulo de gordura.

Qual o melhor horário para tomar creatina?
O mais importante é a consistência diária. Porém, estudos sugerem um leve benefício em tomar no pós-treino.

Pode tomar creatina em cutting (fase de definição)?
Sim! Inclusive pode ajudar a preservar massa muscular durante o déficit calórico.

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